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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Repercussões na imprensa do lançamento do Manifesto em Defesa da UENF (1) - JORNAL O DIÁRIO

Professores da UENF fazem protesto contra conselho


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Sede da Universidade recebeu manifestos ontem contra o Conselho Universitário


Professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) tornaram público, através de manifesto em defesa da instituição, a preocupação da categoria com os rumos que a Uenf pode tomar diante da decisão do Conselho Universitário que daria fim ao modelo de Dedicação Exclusiva (DE) dos docentes. Segundo um dos professores que assina o manifesto, Carlos Rezende, a mudança "comprometeria a qualidade da Universidade, que vem se destacando com uma das melhores no cenário nacional nos últimos anos".

Através de nota, a reitoria da Universidade se posicionou esclarecendo que "a divergência é indispensável no ambiente acadêmico, mas a oposição interna, que gerou surpreendente manifesto, precisa aceitar o reconhecimento conferido pela comunidade universitária às últimas gestões - eleitas diretamente e com maioria de votos entre professores, estudantes e técnicos-administrativos". 
Rezende denunciou que o governo de Sérgio Cabral tem usado instrumentos de pressão dentro da Uenf. "No caso da Dedicação Exclusiva a reitoria fez a seguinte colocação: se não terminar este modelo, não haverá reajuste salarial", contou.

Segundo os próprios docentes, a história de sucesso da Uenf deve-se principalmente ao fato da instituição ter 100% do seu corpo docente com doutorado, trabalhando em regime de Dedicação Exclusiva, além de um corpo técnico altamente qualificado, com formação e especialização. Dos cerca de 300 docentes da Uenf, cerca de 60 já assinaram o documento, que ainda não foi entregue oficialmente à reitoria. O manifesto também critica a forma como algumas decisões vêm sendo tomadas.

Problema muito mais grave

Por telefone, o chefe de gabinete da reitoria, Manuel Vazquez, revelou o que ele chama de "um problema muito mais grave". Manuel esclareceu que há professores lecionando na Uenf sem doutorado. Ele afirma que estes profissionais foram contratados porque as vagas abertas em concursos público não foram preenchidas. "A proposta aprovada pelo Conselho Universitário - por 36 votos favoráveis, 2 contrários e 5 abstenções - não propõe o fim da Dedicação Exclusiva. A minuta sugere que nos próximos concursos, cerca de 20% dos profissionais sejam contratados para trabalhar no regime de 20 horas, fora da DE. Eles chegariam para ocupar o lugar dos que hoje estão em salas de aula da Uenf, sem ter doutorado. Esta sim é uma situação muito mais grave", revelou.

Ele contou ainda que "é comum que denúncias sejam acatadas pelos órgãos competentes. Entretanto, nenhuma das investigações feitas pelo Ministério Público resultou em penalidade para a Uenf. Lamentamos muito este posicionamento".

Dos cerca de 300 docentes da Uenf, cerca de 60 já assinaram o documento, que ainda não foi entregue oficialmente à reitoria. O manifesto também critica a forma como algumas decisões vêm sendo tomadas.
"O Colegiado Executivo é um órgão estritamente operacional. Portanto, não sendo deliberativo, nem normativo, não poderia tomar decisões. Quando há pessoas que não seguem o trâmite correto, a situação ganha status de negociação, sempre para benefício próprio, nunca em prol da coletividade, que é a instituição", criticou Rezende.

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